''O pendurado''

O reflexo distorcido da água nos convida a refletir sobre a forma como enxergamos o mundo, a nós mesmos e as nossas lembranças. A memória, pra além das recordações rotineiras, é a forma como construímos a vida que lembramos - e toda memória é, em alguma escala, uma distorção da nossa realidade. O contraste do que rodeia esse lago reluzente, essa ‘’poça de memórias’’, traz pra perto a dualidade da memória. ‘’(...) Assim como na vida, a memória também é dual. A vida importa porque termina e não importa pela mesma razão. A memória é linda porque dá vida aos mortos, e dói tanto porque nos lembra, que fisicamente não estão mais aqui.’’