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A Residência NARA

  • giudandreasilva
  • 23 de out.
  • 2 min de leitura

Embarco para Bogotá, Colômbia, na madrugada entre os dias 3 e 4 de novembro, onde ao invés de uma semana, serão três em outra cidade, outro país. E, diferente dos 15 artistas que me fizeram companhia, seremos apenas duas artistas - eu do Brasil e ela da Argentina.


A natureza é protagonista nessa residência, e assim como em Bragança Paulista, serei cercada por montanhas. Confesso que ao contrário do que imaginei, continuo nervosa e ansiosa (no bom sentido). Achava que a primeira residência seria o suficiente para me acalmar.


Como forma de nos aproximarmos, a gestora cultural Sofia Zuluaga e o diretor criativo Leandro Mussi nos convidaram para ouvirmos um pouco mais sobre NARA (Ninho de Águias Residência Artística) e o projeto Ninho de Águias. O projeto surgiu em 2010 com a intenção de adquirir-se uma alimentação saudável, sem a presença de agrotóxicos. E além disso, trouxe atenção às sementes livres da Colômbia, um movimento de sementes crioulas e ancestrais, defendendo a autonomia de camponeses e indígenas para preservar e trocar suas variedades de sementes.

 A residência artística nasce desse projeto, para que a arte e a expressão caminhem lado a lado da revolução agrícola - e da magia da montanha.


A montanha vizinha à NARA é parte da mitologia Muízca - um povo indígena que habitava o Planalto Cundiboyacense, atual Colômbia, conhecidos pela sua organização social, ourivesaria e espiritualidade profunda.


“Minha pesquisa explora a espiritualidade e a formação da identidade por meio de temas como a psique humana, a morte e a vida cotidiana. Desde o início deste ano, tenho focado minha pesquisa visual principalmente em fotografias antigas, paisagens e a relação entre o simbolismo do Tarô e os ciclos da vida. Minha atividade favorita em fotografias antigas é decifrar o comportamento de ambientes distantes. O intercâmbio cultural atende aos meus interesses igualmente, mas em direções diferentes. Conectar-me com a natureza e com comunidades diferentes da minha (seja no espaço, no tempo ou na geografia) me ajuda a compreender mentes que não conheço e padrões diferentes daqueles ao meu redor. Além disso, elas me desafiam a compreender sentimentos comuns aos seres humanos em diferentes culturas.” Foi parte do que eu escrevi na pesquisa que me pré-selecionaria para a residência. E quanto mais eu ouvia sobre aquele lugar mágico e revolucionário, mais empolgada eu ficava.

Tivemos mais dois encontros. No segundo, uma das artistas residentes da edição anterior nos contou sobre o projeto que ela criou e no último nós, as futuras residentes, contamos o que pretendíamos fazer agora que tinham se passado três meses desde que enviamos a primeira redação.


Daqui 12 dias eu embarco e vou manter um diário durante a viagem.

Volto em dezembro pra contar como foi essa experiência.


Você pode ler outros posts aqui.

 
 
 

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